10 de jun. de 2009

"O meu ponto de vista"




Caro Rosimar,


Em primeiro lugar gostaria de felicitá-lo pelo trabalho que você tem desenvolvido em prol do Gir – a verdadeira raça leiteira para os trópicos, quiçá no futuro para qualquer lugar.

Você, além de idealista, é um profissional que produz resultados. Profissionais como você, realmente, fazem a diferença.

Permita-me, nesta oportunidade dar o meu ponto de vista sobre o Gir:
1. Indubitavelmente, é a raça tem tido a bênção em ser agraciado com extraordinário desenvolvimento, mercê de abnegados criadores como Fazenda Brasília, Calciolândia, Kubera, Silvânia e tantos outros.

2. Haja visto que após anos de reinado, o Sansão passou para 3º lugar. E, se o Sansão deixou um legado muito grande, hoje, dá nos a certeza absoluta de que a raça Gir se desenvolverá muito mais, em sistema exponencial, nos próximos anos. Congratulações a todos os giristas. Obrigado Sansão – o gir se avalia antes e depois do Sansão.

3. Salda-me, todavia, uma pergunta que não consigo, ainda, uma resposta: Até que ponto devemos estimular os cruzamentos com outras raças. Não deveríamos insistir incessantemente no aprimoramento da raça Gir, somente? Sei que fatores econômicos/financeiros influem, na decisão de cada um, mas...


4. A minha dúvida provêm do que ocorreu com o nelore. Perdemos aproximadamente 25 anos testando cruzamentos industriais com as mais diversas raças. Porém, qual foi o cruzamento que prosperou?

5. Começamos a valorizar o nelore, somente quando há anos atrás, alguns idealistas resolveram demonstrar o desenvolvimento ponderal da raça em exposição de Uberaba. Ai todos acordaram e um novo ciclo começou para o gado de corte – mais especificamente para o nelore.

6. Após o início desse evento, é inimaginável comparar o nelore de 10, 15 anos atrás e o nelore de hoje. A questão é simples: devemos investir no que deve ser investido e que certamente produzirá resultados.

7. Pelo “andar da carruagem”, tenho uma grande convicção que daqui a 10 15 anos, o gir pode até suplantar, em produção de leite, o próprio holandês. Por quê não? Alguém duvida? Temos que acreditar mais na nossa capacidade – nós brasileiros.

Fica a pergunta no ar que só o tempo responderá através de resultados.

Oscar Hirão Higuti
AGRO UNIONE LTDA
Diretor Administrativo/Logística
Ibirapuã-BA
oscar.higuti@agrounione.com.br

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