25 de abr. de 2016

Ex-presidente acusa Abcgil de usar mal o dinheiro da entidade e atrapalhar o crescimento da raça

Eduardo Falcão, crítico ácido às administrações de
Sílvio Queiroz e José Afonso Bicalho na Abcgil

Eduardo Falcão não poupa críticas à entidade nacional do gir leiteiro e insinua que entidade compromete o teste de progênie


O desabafo está em um texto na pagina oficial da chapa 2- Renovar para Inovar, no facebook. Nele Eduardo Falcão acusa a Abcgil de colocar o PNMGL – Teste de Progênie – “em segundo plano”. Para o ex-presidente a entidade comandada por José Afonso Bicalho apostou suas fichas para “fazer vacas recordistas de torneio a base de remédios e divulgar isso como evolução”. Além dessa troca de prioridades, Eduardo Falcão critica também a administração financeira da entidade, que, segundo ele, “tinha credibilidade altíssima pela seriedade e responsabilidade com que se aplicavam os recursos próprios e de convênios duramente conseguidos em uma associação que não tem controle dos recursos”.

Eduardo Falcão é candidato a diretor da Abcz na chapa liderada por Arnaldo Borges, de Oposição, e na Abcgil ele apoia a chapa 2, cujo candidato a presidente é Ângelus Figueira, também de oposição.

Desfalque

Eduardo não se esquece de cutucar os gestores atuais acerca do desfalque que a ex-secretária executiva  Ana Cristina Navarro, juntamente com outro funcionário, deram na entidade, aqui bastante divulgado por Girbrasil. Para Eduardo, além de “ser desfalcada em valores extraordinários”, a Abcgil “não paga nem os controladores de leite do TP (Teste de Progênie) colocando todo processo de melhoramento em jogo”.

Venda de sêmen

Eduardo acusa a entidade dos leiteiros de ser a responsável pela queda na venda de sêmen no mercado nacional, que segundo ele, amargou uma quede de 41% na venda de sêmen no último ano (2015).

Indignado com esse quadro, Eduardo Falcão lamenta: “e ainda querem continuar...” Uma clara crítica à chapa 1, liderada por Kinkão que é o atual vice-presidente da entidade.

Além das críticas e acusações, Eduardo Falcão também denuncia que a entidade não está fazendo o acompanhamento linear nas fazendas e cita o próprio exemplo. Ele informa que somente “após muita reclamação”, a entidade visitou a sua fazenda para esse acompanhamento, mas que foram quatro anos sem esse acompanhamento.

Sobre essas importantes informações colhidas na fazenda, ele faz a uma pergunta estarrecedora: “Só queria saber de onde estão tirando os dados pra fazer o Sumário?”

E arrisca uma resposta: “Deve ser nas pistas de exposição!”, mais uma crítica a inversão de prioridades da entidade.

Eduardo aproveita para dizer também do estado precária das finanças da entidade: “Ano passado ficaram ligando para os donos das fazendas colaboradoras do único telefone que não estava cortado na associação pra pegar as pesagens direto com eles, pois os controladores não passaram as pesagens porque não tinham recebido da ABCGIL, para rodar o teste”.

Vaidade

Eduardo Falcão faz uma confissão: “Tenho profunda decepção e tristeza em ver o que fizeram com a ABCGIL, simplesmente por vaidade e ego”.

Para justificar sua afirmação de que a entidade está tomada por vaidades, eles diz que a entidade (na administração de Sílvio Queiroz) pegou dinheiro emprestado em bancos, a juros altos, “para terminar uma sede pra poder ter seus nomes na plaquinha de inauguração, comprometendo o bem estar financeiro da entidade”.

Depois de destilar tantas críticas e acusações, Eduardo Falcão encerra seu desabafo afirmando que os atuais dirigentes estão tomados por vaidades e “outras coisas mais que não cabe dizer aqui”.

Essas “outras coisas” podem ser graves. Quem sabe em outro momento Eduardo Falcão não revela o que ele entende por “outras coisas”, as quais, com certeza, são mais graves que o quê foi dito.


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