Uberaba (MG) – Luiz Humberto Carrião, presidente da Assogir – Associação Brasileira de Criadores de Gir, convocou a Assembléia Extraordinária solicitada por 1/5 dos associados em expediente enviado à entidade por Leda Góes, diretora financeira da Assogir.
O edital (foto) foi publicado no Jornal de Uberaba no dia 24 de dezembro de 2008 e a Assembléia acontecerá dia 24 de janeiro de 2009, às 14 horas em primeira convocação e às 14:30 horas em 2ª convocação, na sala de reuniões da Assogir, na Abcz, em Uberaba, cuja pauta é “deliberação referente ao parágrafo 7º do artigo 11 do Estatuto social da Assogir".
Veja o que diz o parágrafo:
Parágrafo 7o. - Para as deliberações da Assembléia Geral, para a destituição de Diretoria e alterações estatutárias, é exigido o voto concorde de 2/3 (dois terços) dos presentes à assembléia, especialmente convocada para este fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de 1/3 (um terço) nas convocações seguintes; conforme parágrafo único do artigo 59 do Código Civil Brasileiro.
Parágrafo único do artigo 59: “Para as deliberações a que se referem os incisos I (destituir os administradores) e II (alterar o estatuto) deste artigo é exigido deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores."
Entenda o caso
Insatisfeita com os rumos da Assogir, comandada por Luiz Humberto Carrião, Leda Góes, ex-presidente daquele entidade e atual diretora financeira, convoca uma Assembléia Geral Extraordinária, em nome de 1/5 dos associados para o dia 16 de novembro.
Carrião contesta o edital e desmarca a Assembléia. Mesmo assim acontece uma reunião com vários criadores sob a liderança de Leda Góes, que afirma "não posso deixar o gir nessa barca furada"
A partir daí inicia um processo de rompimento entre Leda e Carrião. Leda fala, inclusive, em pedir o afastamento do presidente do cargo, alegando inoperância na atual gestão. Carrião, por sua vez, diz que também quer renovação na entidade e ameaça renunciar ao cargo.
Leda Góes também ameaça renunciar ao cargo de diretora financeira e marca o dia 16 de novembro como data para dizer ao Brasil que deixará a diretoria da Assogir. Na data marcada, “diante da indefinição do problema”, Leda diz que não renunciará enquanto não for resolvida a situação da Assogir e prorroga sua saída, sem data marcada.
Na reunião do dia 16 de novembro, Paulo Horta, 1º vice-presidente licenciado, propõe que “seja solicitado ao presidente da Assogir a convocação de uma Assembléia Extraordinária para discutir a situação dos filiados, inclusive anistiar todo mundo dos atrasos, mudar o Estatuto da entidade e promover uma ampla, geral e irrestrita renovação da Assogir”.
Essa renovação está sendo entendida como convocação de nova eleição para eleger novos dirigentes da entidade.
Isolamento
Diante do distanciamento do atual presidente dos criadores de Gir, inclusive dos próprios sócios da Assogir, a situação política de Carrião está insustentável. Leda Góes, sua principal aliada, amiga e companheira em mais de uma década de manda na Assogir, atualmente é a principal voz para apontar os problemas da atual gestão.
Sem o apoio de Leda Góes, só resta a Luiz Carrião pavimentar, urgentemente, sua retirada de cena do comando da Assogir. A expectativa é que Leda e Carrião tenham bom senso e pesam suas renuncias no dia 24 de janeiro.
Um influente diretor da atual diretoria, que pediu para não revelar o nome, disse ao Girbrasil que está pensando em apresentar no dia 24 uma proposta de renuncia coletiva de toda a diretoria da Assogir, “para facilitar essa tão desejada renovação”.
Leia tudo que já saiu no Blog Girbrasil sobre a Crise na Assogir:
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