Goiânia (GO) – Girbrasil publica o polêmico debate que ocorre no Orkut, site de relacionamento do Internet, na página “Gir Padrão”, de André Pinheiro(veja foto), cujo endereço, segundo o Orkut, é Crato, no Ceará. A página tem como moderadores os criadores Rodrigo Rezende Simões, da Fazenda Lapa Vermelha,
O tópico desta discussão tem o nome de Critério e discutem, entre outras coisas, a suposta exigência dos organizadores da Exposição de Sete Lagoas de controle leiteiro oficial para se expor animais da raça Gir naquela cidade. Se você deseja ver o debate no Orkut, click aqui.
Leia o debate:
José Alfredo Barreto - Sete Lagoas (MG):
“Fui informado que se realizará uma exposição de Gyr na cidade de Sete Lagoas. Só que, para participar do evento, o criador deverá ter lactação "comprovada" de seu rebanho. O que vocês pensam a respeito deste critério inovador? Pergunto: o critério não estaria a provocar um nivelamento por baixo? Se é exposição de Gyr, penso a exigência essencial deveria ser um rebanho conformado ao Registro Genealógico, a não ser - faço a ressalva - salvo melhor juízo. Outro dia ouvi a seguinte expressão: meu gado é leiteirrísimo! Se as coisas continuarem assim, não vai demorar muito a moda desta linhagem: Leiteiríssima!!!”.
Guilherme Ricaldoni (veja foto) – Belo Horizonte (MG):
Grande Zé Alfredo, muito bom vê-lo aqui na comunidade. Pois bem, quanto a esta questão do “critério”, é um pouco complicada, nem todos criadores fazem o controle leiteiro da ABCZ. Fica aí um bom assunto para discutirmos.
José Alfredo Barreto - Sete Lagoas (MG):
“O fundamento da questão - penso - não reside nos recursos financeiros. Poderá quem, mesmo tendo recurso, não adotar o procedimento e, lado outro, quem com recursos parcos, mas centrado em aspectos mercadológicos, adotar o expediente. A maleabilidade destes programas não é animador. E por quê? O interesse comercial, via de regra, se sobrepõe a todas as coisas, valendo para tanto, expedientes, ou melhor, procedimentos atentários à Ética e ou à Moral. De mais a mais, quem por fim terminará vitimada, com a contaminação de dados nem sempre correspondentes à realidade, é Raça Gyr. Não há de ser tais testes fundamentais à boa e adequada seleção. Poderá, sim, auxiliar, isto é, assessorar o trabalho do selecionador, mas nunca, nunca mesmo, gerenciar esse trabalho. Não sou - bem entendido - contra os técnicos. Sou a favor da técnica não maquiada”.
José Augusto Barros, (veja foto), Fazenda São José, Taguaí (SP):
“Se fossem informações objetivas e reais, seriam um pequeno auxilio, como nao são, passam de pequeno auxilio, para grandes armas. Mas como dizia minha avó: "...Não existe nada que faça o cocô ficar cheiroso, quando o negocio começa fedido termina fedido ...". Essas coisas já estão enraizadas desde o inicio no nivelamento por baixo, como diz Sr. Zé Alfredo, controle leiteiro, sumário de touros, torneios, super produção x produção a pasto, super alimentação x rusticidade, e por ai vai, quanto mais meche, mais fede, e mais coisa tenta se fazer pra que o cocô fique cheiroso. Abraço a todos”.
Cristiano Nogueira - (veja foto) Recife (PE):
“Vou botar minha colherinha torta:
1. É preciso ter Controle leiteiro das vacas ou das mães dos touros. Tem um mínimo?
2. Assim como sou contra a exigência de um controle mínimo, também sou contra a exigência do peso mínimo que, a meu ver, causa tantos danos à raça e ao animal quanto o controle leiteiro.
Ano retrasado, dos 40 animais no pavilhão do Gir (um mínimo histórico de participação) da Expo Nordestina, apenas 5 entraram em pista, com muitas categorias e até campeonatos sendo decididos sem disputa, ou pela tal da "disputa contra o padrão". Tudo isto por causa da falta de peso mínimo do gado. Se formos exigir controle leiteiro mínimo das fêmeas ou das mães dos machos, acho que não teríamos 2 animais
“Concordo com os amigos, bem coerentes em seus comentários”
Um comentário:
Rapaziada, uns alegres e os outros também, hehehehehe
Meu avô, sempre falava no alto de sua razão, que "GARRUPA NÃO GOVERNA AS RÉDEAS", então acho que quem faz a festa e banca, tem que saber quem vai convidar.
Agora o que a Raça Gir precisa é saber quem vai fazer a FESTA. Uma Associação de raça (pra mim sempre) um sindicato (esse sempre tem mais vertentes a atender em uma exposição). Os governos (esses não ficariam muito à vontade. Um criador (esse teria se ferrado).
Agora que todos nós, que gostamos e fazemos o Gir a nossa ferramenta de trabalho, devemos achar um norte pra divulgar os nossos caminhos, isso a cada dia fica mais claro e urgente, sob pena de perdemos o cavalo que passa arriado e manso a nossa porta
Caio Sandro
Fazenda Nossa Arca
Caldas Novas - GO
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