22 de nov. de 2007

O debate sobre gir continua

Goiânia (GO) – O debate corre à vontade na comunidade Girbrasil, no Orkut. Como publiquei um texto sobre o depoimento do Gerri, membro da comunidade Girbrasil. Acho justo e democrático publicar sua resposta ao meu texto. O debate franco e transparente é importante para o nosso engrandecimento. Parabéns ao Gerri por participar honrosamente desse debate.

Veja em abaixo o texto na integra, exatamente como foi postado no Orkut:

“Sr. Rosimar , acredito de verdade na sinceridade de suas palavras com relação a raça , gir . E aproveito a esclarecer um equivoco citado, jamais tive a intenção de “meter o pau” em raça nenhuma, só expressei minhas experiências, talvez com um tom mais azedo, mas de maneira nenhuma pré-meditado ou propositado. Aproveito também pra fazer algumas explicações, que talvez tenham sido mal interpretadas. Mas uso o próprio texto escrito pelo Senhor

1- Entendo que: quando se busca argumentos comerciais, sejam eles em pecuária, agricultura, indústria, enfim, seja lá qual setor for, procura-se sempre exaltar as qualidades do dito produto. No caso da raça: o leite. Muito bem, o consumidor de tal produto a comprá-lo, espera o resultado que foi propagado pelo vendedor. Veja: “... não conheço quem esteja criando gir com o objetivo exclusivo de produzir leite. Quem seleciona raça de gado vende genética. Por isso os ganhos genéticos são os principais produtos de divulgação dos criadores...” Pergunto ao Senhor: Ganhos Genéticos em quê? Imagino que seja em leite. Aí vem: “Os animais em evidencia estão sendo explorados em produção de leite ao máximo e por isso alguns apresentam lactações expressivas e isso não é a média da raça em condições normais.” Quais informações chegam a nos, compradores do produto do gir (genética ou leite): Os animais em evidência (a maioria dos touros com sêmen disponível ou filhos e filhas) ou a média da raça em condições normais, não seria uma propaganda enganosa? E mais: o Senhor quis dizer que as lactações divulgadas, são de alguns animais, que por serem explorados ao máximo, apresentam lactações expressivas. Ou seja, a media das lactações expressivas é de 5000 kg, 6000 kg, ou seja, um animal precisa ser explorado ao Maximo para dar 5000/6000 kg , e o restante da raça tem produção de quanto? (“... isso não é a média da raça em condições normais...”). Eu tive a experiência e falei aqui. Só isso.

2-Não houve comparação entre uma raça e outra e sim a quantidade de leite produzida por uma e por outra, nas minhas condições. Não me lembro de ter dito que as vacas da raça gir que possui eram bravas, mas que depois de cinco ou seis meses de lactação, por não produzirem mais leite, e não suportarem mais o manejo da ordenha, elas ficam irritadas e coiceiam os filhotes e chutam o balde na hora da ordenha, isso eu disse e confirmo, agora disse isso como um ato particular de manejo, e não generalizado a ponto de identificar a índole dos animais de uma raça. E pra finalizar:

Acredito mesmo nesse lema: CONHECIMENTO, primeiro item de seleção, o segundo: VERDADE, o terceiro: PÉ NO CHÃO, o quarto: NÃO SE ENGANAR, quinto: REALIDADE. Isso tudo envolvido por uma grande capa de EQUILÍBRIO.

Realmente, tive uma experiência negativa com a raça, em termos produtivos, mas como dizem os meus primos: Todo mundo acha a Xuxa uma ótima cantora, por que não fazer também todo mundo achar que a raça gir é uma ótima produtora de leite, vamos vender genética. To brincando... Por enquanto, ou por algum tempo, não pretendo criar raça pura nenhuma.

Até”.

Gerri – das páginas da comunidade Girbrasil, no Orkut.

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