1 de set. de 2007

BRASÍLIA E O GIR LEITEIRO

Fotos: Rosimar Silva/girbrasilBrasília (DF) – O Estado de Goiás é reconhecido nacionalmente entre os criadores de Gir como o Estado que prima por um tipo de gado mais raçado, puro e de grande beleza racial, ou seja, Gir padrão. Mas isso não influenciou Brasília.

O distrito federal tornou-se, também, em um berço do Gir leiteiro. Brasília não se deixou influenciar pelos criadores de Goiás e seguiu um rumo diferente dos Goianos. Não só Brasília, como as cidades ao seu redor, como Alexânia. Veja o caso do Léo Machado Ferreira e José Mário Abdo, criadores goianos totalmente vinculados à Brasília e ao Gir leiteiro.

O núcleo de criadores de Gir de Brasília está crescendo a cada dia e se impondo no mercado e nas pistas do Brasil, como Expozebu, Megaleite e Expomilk.

O quê realmente influenciou Brasília para se tornar um núcleo forte do Gir Leiteiro? Alguns arriscam a persistência, competência e determinação de Paulo Horta. Ele soube aglutinar os criadores novos e emergentes e fez uma ponte direta com os maiores criadores de Gir leiteiro do país sem passar por Goiás. Há também aqueles que dizem que o núcleo de Brasília, por ser novo, já iniciou sob a grande influência do Marketing do Gir leiteiro, não viveu os momentos áureos do Gir padrão.

O que importa é que esses criadores do planalto brasileiro estão se destacando no cenário nacional, produzindo gado de qualidade e competindo com as velhas raposas nacionais do Gir leiteiro. Veja o caso dos “Léos” – Léo pai e Léo filho – Hoje são respeitados pelo gado que possuem, pelas médias que alcançam em leilões, pelos prêmios nas pistas e pela simpatia como criadores.

Joaquim Roriz, grande criador e incentivador da pecuária no Distrito Federal. O Gir soube aproveitar das vezes em que Roriz foi governador para crescer. Não restam dúvidas do apoio de Roriz às ações dos criadores de gir, como exposições e leilões. Roriz reuniu por várias vezes os criadores de Brasília e Goiás em sua fazenda para mostrar seu gado e estimular os criadores.

Demétrius Mesquita, um jovem criador que já investiu bastante no gir e hoje é um nome nacional. Demétrius, inclusive, tem um leilão durante a expozebu e participa de vários outros leilões.

Paulo Horta, grande articulador do Gir leiteiro e não leiteiro, tem touro provado no mercado e um respeito pelas lutas que trava em prol das suas crenças como criador de gado.

Dílson Cordeiro, outro criador que a cada dia apresenta-se como criador emergente, com gado de qualidade, disputando nas pistas, participando de leilões e mostrando que também investe pesado no Gir.

José Mário Miranda Abdo, da fazenda coqueiro, respeitado criador de Gir mocho. Imbatível nas pistas e persistente como criador dessa raça. Zé Mário distribui simpatia por onde passa e tem mercado cativo no Gir mocho. É uma das principais autoridades do Gir mocho do Brasil.

Silvio Queiroz, apesar de ter fazenda em Uberaba (MG), viveu muitos anos em Brasília e participou ativamente na estruturação do Gir na capital federal.

Joe Vale, jovem criador de Gir, produtor de leite orgânico de Gir, importante criador que agrega valor ao Gir com os resultados da sua seleção de Gir leiteiro para produção de leite orgânico em pleno cerrado brasileiro. Joe é um estudioso do meio ambiente ideal para a raça Gir. Atualmente ocupa importante cargo no governo federal e deverá surgir em breve com surpresas agradáveis para o desenvolvimento da raça.

Fernando Leite e seu filho Thiago leite, também são importantes selecionadores de Gir leiteiro. Especialistas em produzir leite e animais leiteiros, são importantes para a raça Gir.

E assim são inúmeros outros companheiros do Gir em Brasília e região que compõem o leque de criadores brasilienses.

O Gir leiteiro em Brasília é “parada” federal. Eles não estão brincando de fazer seleção. Estão crescendo e já disputam o mercado no Brasil e no mundo.

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