15 de dez. de 2008

"Fora de quê?"


Boa tarde Rosimar,


Este seu touro,o Dalua do Rosa, é muito interessante, tanto do ponto de vista genético, como fenotipicamente, e é por sinal, o que está nos faltando hoje nas centrais de inseminação; sem falar na abertura de sangue que ele nos trará.


Aqui no Mato Grosso do Sul, o gir, pode-se dizer que ainda está engatinhando, não sendo bem avaliado pela maioria dos criadores que não conhecem muito da real morfologia que o "verdadeiro gir “ deve ter.


Só gostaria de fazer um breve comentário, com relação à frase do colega criador, Athos Magno, que por sinal gostaria até de conhecê-lo pessoalmente, pois deve ter muita experiência na raça e muito conhecimento para nos passar a respeito da seleção de gir.


"QUEM NÃO SELECIONAR GIR PARA LEITE VAI FICAR FORA".

Fora de quê? Se for dos leilões milionários que estão surgindo, "os leiteiros", ou seja, pode-se dizer, os que realmente vivem da atividade que se nomeia, serão os primeiros que nem ligarão a televisão no canal que transmite este tipo de evento, pois não tem base financeira lógica para tal investimento.


Este generalismo não é sadio em nenhum seguimento, todas as raças e linhagens têm seu lugar, no nosso caso, e de outros criadores conhecidos, que não convém citar os nomes, tem trabalho muito interessante, trabalhando na dupla aptidão, pois isto sim é agregar valor nos produtos que produzimos, pois se o leite não nos remunera em determinados períodos, temos os bezerros para nos "acudir".


Isso pode ser bem observado no trabalho desenvolvido no Guzerá, onde temos touros positivos tanto para leite como carne, e que siga os extremos quem quiser.


Ainda sou muito novo na raça, não sei se possuo bagagem suficiente para tal comentário, mas achei oportuno, por se tratar de um blog que discute vários pontos de vista sobre uma raça tão apaixonante.


Um abraço a todos e fico à disposição para novos debates.


Antônio Zanatta

Veterinário, extencionista e criador

Nova Andradina - MS

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