3 de dez. de 2008

Crise na Assogir: sócio inadimplente pode participar de assembléia


Goiânia (GO) – O presidente da Assogir, Luiz Humberto Carrião, ainda não marcou a Assembléia Extraordinária solicitada por Leda Góes, diretora financeira. O requerimento foi assinado por 1/5 dos sócios em dia com a entidade e protocolado no dia 20 de novembro.


Segundo Leda Góes, “não recebi nenhuma informação sobre a data dessa assembléia. Ele tem até o dia 20 de dezembro para marcar a data". Informa que não tem falado com o presidente. “Acho que o professor não quer falar comigo”, lamenta Leda.


Carrião não foi encontrado em seu telefone na cidade de Goiânia. Ele está em sua fazenda no interior do Estado de Goiás. Na Assogir, a secretária informa que até agora não recebeu nada do presidente sobre a data da assembléia e diz que também não tem falado com ele.


A polêmica sobre quem pode participar da assembléia


Na última entrevista concedida ao blog Girbrasil, Carrião, indignado com o fato de Leda Góes fazer uma reunião ampliada em Uberaba com sócios e não sócios da Assogir, disse que na próxima assembléia não permitirá que os criadores não sócios da entidade não participem da assembléia.


Segundo o estatuto em vigor, o associado só será eliminado da entidade após a instauração de processo de eliminação e a motivação será o “não pagamento de três mensalidades consecutivas ou duas semestralidades”.


Para isso, diz o estatuto: “o associado inadimplente será notificado por via postal (AR) no endereço por ele declarado à Associação, para que no prazo de 60 (sessenta) dias quite o débito, regularizando sua situação”.


Girbrasil apurou que, apesar de inadimplentes, a Assogir possui uma lista enorme de associados que ainda não foram formalmente afastados da entidade, haja vista que ninguém consultado recebeu a notificação de cobrança por meio de Carta Registrada.


Esses associados inadimplentes têm os seus direitos assegurados pelo Estatuto. O artigo 8º, do Capitulo II, assegura aos associados o direito de “assistir as assembléias Gerais e tomar partes nas discussões e deliberações e fazer-se representar por procuradores, com poderes expressos e específicos para os atos da entidade, observando-se o disposto nas disposições finais deste Estatuto”.


Segundo o estatuto, esses sócios inadimplentes não podem “votar e ser votados para cargos administrativos”, mas podem votar em assuntos que envolvem a entidade.


Sendo assim, muitos criadores que se consideravam fora da Assogir, podem perfeitamente participar das deliberações da entidade. É possível que nem mesmo a Assogir sabe ao certo o número de associados inadimplentes. Cabe agora ao diretor administrativo, Dílson Cordeiro de Menezes, providenciar essa lista de sócios deste a fundação da entidade.


Na última reunião em Uberaba, a grande parte dos criadores presentes eram sócios inadimplentes. Pessoas que não participam da entidade há vários anos, mas que nunca foram afastados formalmente e nem pediram a exclusão da entidade. O fato de não pagar a mensalidade da entidade não significa que o criador não é mais sócio.


Para manter a posição de proibir a participação dos criadores na Assembléia Extraordinária, o presidente Luiz Carrião terá que trabalhar muito para regularizar essa imensa lista de sócios da Assogir para saber quem ele vai pedir para sair da futura assembléia e não gerar uma grande confusão.


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