24 de ago. de 2017

EM BRASÍLIA, HOMEM QUE SURPREENDEU A ESPOSA TRANSANDO COM O AMANTE NO SOFÁ DA SALA DE TELEVISÃO, QUER VENDER O SOFÁ


Por ser leigo em economia, ocasionalmente eu digo e escrevo coisas que são descabidas. Me desculpo usando o meu inconformismo com a demagogia política como pretexto para justificar as críticas chatas que faço.
Ontem li notícias informando que:
- "as indústrias de leite longa vida do país estão trabalhando com margem NEGATIVA entre R$ 0,25 e R$ 0,50 por litro na comercialização do produto, conforme consulta realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) com empresas associadas"; 

- "o mês de julho confirmou a expectativa de queda nos preços do leite pago ao produtor, que fechou a R$1,34 na média nacional. Esse movimento de baixa foi verificado em todos os Estados analisados com exceção da Bahia, em que os preços se mantiveram estáveis. Pela primeira vez no ano, os preços nominais ficaram abaixo dos valores pagos ao produtor no mesmo mês do ano anterior, que coincide com o início do pico de preços registrado em 2016... A queda de preços ao produtor está relacionada a BAIXA DEMANDA E DIFICULDADE DE REPASSE DE PREÇOS DOS PRODUTOS LÁCTEOS AO CONSUMIDOR. Os preços de julho de 2017 do leite UHT no varejo ficaram 22,68% menores que a um ano atrás ";

- "O mais longo ciclo de crise da produção láctea global dos últimos dez anos PODE ter chegado ao fim... No Brasil, a crise teve como consequência uma RETRAÇÃO de 3,7% da produção formal no ano de 2016 em relação a 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda da produção nacional foi motivada pela crise interna e ALTO CUSTO DOS INSUMOS. Além disso, os preços competitivos do mercado externo estimularam a importação de lácteos. No ano passado, o País acabou IMPORTANDO 8% do seu consumo.

O mês de julho confirmou a expectativa de queda nos preços do leite pago ao produtor, que fechou a R$1,3 na média nacional"; 

- "Para Valter Galan, analista do MilkPoint, esse cenário não deve mudar rapidamente. 'A DEMANDA NÃO ESTÁ AVANÇANDO', afirma. Afora isso, há no momento, mais oferta de leite para processamento do que havia em igual momento de 2016. E a perspectiva é de que essa oferta continue a crescer com o avanço da safra de leite em Minas Gerais e Goiás.

Ele vê possibilidade de mudança, contudo, se os preços mais baixos do leite no varejo estimularem o consumo. Segundo dados da Fipe compilados pela MilkPoint, em julho passado o leite longa vida no varejo ficou em R$ 2,93 por litro, 28% abaixo dos R$ 4,09 de um ano antes, em valores deflacionados."

Também li, com ceticismo, que "Maggi quer retirar o leite do acordo do Mercosul para frear importações. Entrada no país de produtos lácteos provenientes dos países vizinhos tem afetado preços internos e causado prejuízo aos produtores brasileiros."

Que maravilha, foi anunciado o desejo de vender o sofá!
Agora eu pergunto: essa iniciativa resolve o problema? Óbvio ululante que não!

A minha ignorância sobre economia me faz crer que, a curto prazo, a crise enfrentada pela cadeia do leite só será debelada se a frenagem das importações estiver acompanhada do estímulo ao consumo. Sozinha a frenagem das importações não irá provocar os efeitos desejados. Isso só acontecerá se o governo reduzir a tributação dos produtos lácteos nacionais, objetivando a redução dos preços para estimular a demanda.

Nunca é demais lembrar que com a tônica de ampliar os estímulos à indústria, a exemplo do que foi feito com os automóveis, o governo Lula reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os utensílios da linha branca: geladeiras, fogões e máquinas de lavar.

A medida fez parte da estratégia do governo para impedir que a economia brasileira registrasse retração e serviu como subterfúgio para fazer a propaganda da inclusão social.
O atual governo precisa praticar ação semelhante, só que desta vez os produtos que requerem a tributação minorada são o leite e os seus derivados.


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