29 de abr. de 2009

Sakina produziu em 1958, na Índia, 3.564 kg de leite em 270 dias




Foto: Arquivo José Armando Milani
Armando Milani (de óculos),
Jaci Jacinto
e Mamedi Mussi,
no Parque de exposições
da Água Branca,
em São Paulo (SP).



Barretos (SP) – Outro dia Girbrasil publicou uma matéria sobre um pouco da história de Mamedi Mussi e chegaram mais informações sobre a saga desde homem na seleção de Gir no Brasil.

Mamedi Mussi, o filho, ficou satisfeito com a matéria e disse que seu pai foi o responsável direto pela decisão de Armando Milani em também criar Gir. Segundo Mamedi, Armando Milani era o dono da empresa Gessi Lever, em São Paulo, e comprou fazenda e gado Gir em Barretos por influência de Mamedi Mussi (pai).

José Armando Milani, a pedido de Mamedi Mussi, envia está foto em que aparece Armando Milani (de óculos), Jaci Jacinto e Mamedi Mussi. Segundo Mamedi Mussi, ”Jaci foi um importador de Gir da Índia, onde esteve várias vezes e era o dono do touro Roopano.

Mamedi Mussi disse que a base do plantel da fazenda 2M foi estruturada com genética importada da Índia pelos quatro grandes importadores.

“Usamos material genético da importação de Torres Homem por meio dos touros Atma Importado e Bandyt; usamos também sangue do Naidu, importado por Rubico de Carvalho; fomos grandes usuário do sangue trazido pelo Celso Garcia Cid, como Krishna e Ruphano e do usamos Tokário, Premnath e Nadhu, genética colocada no Brasil pelo Arthur Souto Maior Filizzola”.

Mamedi Mussi conta que seu pai foi até a fazenda Cachoeira 2C, de Celso Garcia Cid e comprou o touro Pusphano Krishna Bajyar. “Esse touro foi grande campeão em Exposição no Parque da Água Branca, em São Paulo, mas numa dessas exposições, ele morreu dentro da caminhão na volta para Barretos”, conta.

Diante disso, continua Mamedi, “meu pai voltou ao Celso e comprou o touro Krishna Gori Guiliri e alugou o Pushpano Velho e o Krishna Gori DC”. Segundo ele, isso mostra a determinação de Mamedi Mussi em selecionar Gir com base nestas linhagens leiteiras e indianas.

José Armando Milani envia do seu álbum particular algumas fotos de vacas indianas (fotos preto e branco à direita) tiradas por Celso Garcia Cid quando esteve na Índia comprando gado para trazer para o Brasil. Com essas fotos nas mãos, Mamedi Mussi, o filho, destaca a qualidade dos animais e “o porte leiteiro delas”.

Mamedi também mostra o controle leiteiro oficial da vaca Sakina 44 (foto à esquerda), mãe do Krishna Importado, feito na Índia no ano de 1958, onde consta uma produção de 3.564 quilos de leite em 270 dias, “uma informação extremamente importante, pois trata-se de uma vaca leiteiro, que produziu essa quantidade naquele tempo lá na Índia e em condições normais de manejo”, exalta.

Sakina 44 produziu Krishna na Índia. Krishna foi importada por Celso Garcia Cid. Sakina 44 acasalada com Redino na Índia produziu a vaca Sakina (foto à direita), acasalada com Krishna no Brasil, produziu Krishna Sakina 6666, o “krishninha”, reconhecido como o touro mais leiteiro da era Krishna. Redino e Sakina fizeram parte das importações de Celso Garcia Cid. Sakina 44 nunca saiu da Índia.

Krishninha, acasalado com vacas indianas da importação de “seo” Celso, produziu vários touros que formaram planteis leiteiros, como as linhagens Virbay e Prema, por exemplo.

Leilão
Mamedi Mussi, com essa história toda, chama a atenção para o seu leilão Organização Mamedi Mussi e Convidados, dia 3 de maio, em Uberaba. “É essa história que produziu a maioria do nosso rebanho, será o resultado desse trabalho iniciado por Celso Garcia que estará à disposição dos compradores em Uberaba no próximo domingo, uma história de muito leite e qualidade racial”.

Segundo Mamedi, “preservamos e melhoramos esses linhagens importantes para o Gir leiteiro, assim como na Índia, nossa preocupação é com a produção de leite, mas com a preservação da sagrada raça indiana”, finaliza.

Nota: a foto da vaca Sakina 44 e Sakina fazem parte do arquivo de Hélio Ronaldo Lemos.





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