Os números do 22º Grupo de Touros do Teste de progênie Embrapa/Abcgil

Goiânia (GO) - 52% (13) dos 25 tourinhos são filhos de touros da fazenda Brasília, desdes, 53% (7) são filhos de Meteoro de Brasília, 15% (2) são filhos de Modelo de Brasília e 15 % (2) de Impressor de Brasília e um animal é filho de Caju de Brasília.

A Genética da Fazenda Calciolândia também não fica para trás e participa com 12% (3) dos tourinhos são filhos de Bem Feitor Raposo Cal.

16% (4) dos participantes são filhos de touros da Fazenda dos Poções, sendo 15 % (2) filhos de Radar dos Poções.

Pelo lado das mães, FB Nefrita e Profana de Brasília são as preferidas dos criadores de Gir leiteiro nesta bateria para fazer touros. Cada uma participa com 3 filhos, 12 %.

Criadores
Entre os criadores, 24% (6) dos touros participantes nasceram na Fazenda Brasília. 12% (3) dos tourinhos foram inscritos em nome da Fazenda Brasília e três animais em nome de outros proprietários.

Esses números mostram a força da fazenda Brasília no Gir leiteiro nacional.

A Fazenda Terras de Kubera, de Ângeluz Cruz Figueira, também não economizou na inscrição de touros, foram 12% do total, ou seja 3 tourinhos.

Curiosamente, todos os tourinhos do 22º grupo de tourinhos do Programa de Melhoramento Genético do Gir Leiteiro da Embrapa/Abcgil, direto e indiretamente, têm sangue de apenas três fazendas de Gir leiteiro: Fazenda Brasília, Fazenda Calciolândia e Fazenda dos Poções.

Outra fazenda que contribui com a formação do 22º grupo é a Campo Alegre, berço de Everest e Sansão. Mas as mães desses touros filhos de touros da genética CA vêm da Fazenda Brasília.

Onofre Ribeiro inscreveu um touro filho de Gaiolão DC, mas a mãe é a consagrada Ministra TE, que é filha de Bem Feitor, da Calciolândia.

Vê se então, neste caso do 22º grupo, a forte e determinante influência da seleção de apenas 3 fazendas de Gir do Brasil na escolha de touros para se fazer reprodutores.

Isso, sem nenhuma dúvida, vai impactar na formação da base genética do Gir Leiteiro nacional, que já está comprovadamente reduzida.

O lado bom
O outro lado bom disso tudo é a confiança dos criadores nos planteis dessas fazendas. Do ponto de visto do selecionador de Gir leiteiro, observa-se uma confiança muito grande nos resultados do teste de progênie Embrapa/Abcgil e na procura por reprodutores provados.

Vale destacar apenas que, apesar de não ter sido testado cientificamente pela Embrapa, o touro Radar dos Poções, que sobressai no sumário da ABCZ/Unesp, disputa com os demais provados, a lista de mais usado. É sabido que seu fôlego é pequeno por causa da pouca oferta de sêmen no mercado. Quem tem não vende e quando vende é a peso de ouro.

Esses três criadores têm o controle do (mercado) gir leiteiro nacional. É comum ouvir dizer que gir não dá dinheiro, mas essa não é a realidade desses criadores. Conduto, esse sucesso não veio de graça e nem começou ontem. Todos têm um longa história de trabalho e persistência.
Não são os únicos, outros plantéis também merecem destaque, como o da Fazenda Silvânia, de Eduardo Falcão, de Onofre Ribeiro (Filho do saudoso João Feliciano Ribeiro) e de Terras de Kuberra.

Veja as fotos dos 25 tourinhos em Galeria de Fotos - click aqui.

Topo