Ivan Ledic é o novo diretor Técnico da Assogir

Uberaba (MG) – O Programa Nacional de Melhoramento Genético da Raça Gir, desenvolvido pela Girgoiás – Associação Goiana dos Criadores de Gir, Assogir – Associação Brasileira dos Craidores de Gir e Embrapa Gado de Leite, que visa testar touros para produção de leite, ganhou mais um forte aliando: Ivan Luz Ledic (foto), ex-pesquisador da Embrapa e Epamig.

Ivan Ledic será o novo diretor técnico da Assogir e caberá a ele, entre outras coisas, colaborar com a execução do teste de progênie, que este ano irá para a 5ª bateria de touros. Ivan substitui Paulo Horta, que se afastou da entidade para assumir cargo no Ministério de Ciência e Tecnologia, em Brasília.

O teste de progênie Girgoiás/Assogir/Embrapa visa, preferencialmente, testar touros Gir oriundos de linhagens alternativas, ou linhagens não testadas. Segundo Rosimar Silva, presidente da Girgoiás, “a participação de Ivan Ledic neste momento do teste Girgoiás/Assogir é de grande importância, pois trata-se de um profissional altamente competente, com larga experiência no melhoramento da raça, com muitos anos de serviços ao gir e à pesquisa no Brasil”.

José Sab Neto, presidente da Assogir, também elogia o novo diretor técnico Assogir, “sinto-me orgulhoso de ser o presidente de uma entidade cujo diretor técnico será um profissional com o currículo de Ivan Ledic, que está motivado a continuar trabalhando pela raça, fazendo história no melhoramento do Gir leiteiro nacional”.

Segundo Ivan, “o convite para exercer e ocupar o cargo de Diretor Técnico da Assogir me foi feito durante a Megaleite 2009 por Rosimar Silva e José Sab Neto, com o intuito de colaborar para implantar novos trabalhos de provas zootécnicas com vistas ao melhoramento genético para produção de leite e aceitei essa incumbência agradecida pela deferência à nossa pessoa”.

Ivan Ledic é um patrimônio cientifico da raça Gir, pois foi durante décadas diretor técnico da Abcgil, onde colaborou na execução do teste de progênie Abcgil/Embrapa, responsável pelo crescimento da raça no Brasil e no mundo. Apesar de aposentado na Embraba, ele diz que “o ônibus não parou para mim, ainda posso contribuir com os meus conhecimentos para o engrandecimento da raça e acho que o teste de progênie que nasceu em Goiás é importante para a consolidação da raça no Brasil, pois vamos trabalhar exaustivamente para ampliar a base genética do Gir leiteiro nacional”.

Segundo Ivan, “creio que dentro do que foi conversado ainda posso dar minha contribuição á raça Gir, à qual me dedico por 25 anos. Quando iniciei, na Fazenda Getúlio Vargas, EPAMIG, o Gir Leiteiro era desacreditado e discriminado. Depois de poder atuar como Diretor Técnico da ABCGIL e principalmente com a implantação do Teste de Progênie, a raça ocupou seu espaço na pecuária leiteira brasileira e foi adotada em diversos países Latino Americanos”.

Ivan Ledic também não esconde sua satisfação de voltar à ativa, “para mim especialmente será um grande prazer continuar participando da história da raça e será mais um desafio tentar colaborar para a inserção da ASSOGIR nessa nova fase vivida pelo Gir na pecuária tropical, juntamente com a Diretoria e Criadores, procurando atender seus anseios com respaldo em análises e pesquisas técnico-científicas”.

Ivan reconhece a importância do teste Girgoiás/Assogir ao dizer que, “iniciativas como essa da Girgoiás, encampado pela ASSOGIR, são extremamente importantes visando permitir que outros criadores que ainda não estavam no processo de seleção para leite identifiquem animais ou famílias com germoplasma capaz de contribuir com novas opções de pedigrees alternativos analisados por modernas metodologias de avaliação”.

Por fim, Ivan demonstra ser um grande conhecedor das relações entre criadores de Gir e tem uma esperança: “acredito que com perseverança, muito trabalho e principalmente coerência com tudo aquilo que pratiquei nesses anos, com as relações e sintonia que temos com os criadores no Brasil e exterior, bem como com os pesquisadores e técnicos da EMBRAPA, MCT e MAPA, poderemos reduzir barreiras ideológicas, bem como de reserva de mercado”, finaliza.