29 de nov. de 2007

Doutor também em gir


Goiânia (GO) – O Blog Girbrasil presta uma justa homenagem ao companheiro criador de Gir Leonardo Rodrigues. Jovem batalhador que se formou em Medicina pela Universidade Federal de Goiás. O Dr. Léo é um apaixonado pela raça Gir e, apesar de jovem, já é um grande conhecedor da raça. Ao jovem criador e agora doutor, nossos votos de sucesso na nova e promissora profissão e na seleção de Gir. Léo também é diretor da Girgoiás – Associação Goiana dos Criadores de Gir e um dos responsáveis pelo sucesso do teste de progênie Embrapa/Girgoiás.

Paixão pela raça Gir

Bom dia Rosimar,


"Tenho uma pequena propriedade no norte do Paraná, e no final do ano passado resolvi iniciar a criação do gado gir, que, para mim, até então era totalmente desconhecido. Havia na propriedade alguns animais meio-sangue holandês, Jersey e outros zebus com cruzamento com nelore. Mas nada de excepcional. Na verdade, só davam trabalho. Foi quando vendi todos os animais (exceto alguns mais antigos e que já podiam ser considerados da família), e adquiri duas matrizes de Eduardo Falcão - uma linhagem da Fazenda Brasília e a outra da própria Estância Silvânia (tive que me desfazer de mais de 20 cabeças para adquirir essas duas matrizes), que, atualmente, estão em plena lactação, com uma boa produção de leite.

Portanto, valeu a pena. Empolguei-me tanto pela raça que logo em seguida adquiri mais uma novilha em leilão realizado pelo Sr. Francisco Jalles Neto (Patrimônio da Silvânia em vaca linhagem Jaguar 3R - Uaçai Jaguar) e, posteriormente, mais duas novilhas em leilão virtual, uma linhagem da Calciolândia (Marcante em vaca Impressor x Everest); e outra fechada na linhagem Fazenda Poções (neta materna e paterna de Radar dos Poções e Espantoso).

Até agora já foram inseminados três animais (fazendo de tudo para emprenhar as vacas com sêmen sexado, diga-se, o que não é muito fácil - não quero tirar cria macho, pois não pretendo vendê-los para corte, já que, como reprotudores, é quase impossível a sua comercialização por aqui, pois na região somente se tem criação de gado holandês e jersey). Mas, acreditando no potencial da raça e, mais do que isso, na beleza e harmonia que transmitem ao lugar que os abriga, espero continuar trilhando esse caminho escolhido, já que, como se sabe, difícil é não se apaixonar e se entusiasmar pelo Gir.

Sucesso".


Heldon Teixeira - Rancho Mano Bom

Curitiba (PR), 29/11/2007



Ulmera Cal (Marcante Pati Cal X Reatadora Cal),

animal de Heldon, com dois anos de idade e

inseminado com sêmen sexado de fêmea do Meteoro.

28 de nov. de 2007

QUAL É O TRANSMISSOR DO LEITE? III

O Gir é uma raça leiteira

Guarapari (ES) – Quem escreve um longo artigo desta vês é o criador Roberto Balsanello (foto), de Guarapari, no Estado do Espírito Santo. Roberto tece um longo comentário, bem fundamentado sobre o artigo de José Alfredo Barreto publicado no blog Girbrasil no dia 25 de novembro de 2007.

Prezado Zé Alfredo e outros companheiros criadores,

Muito respeito suas opiniões, porém venho aqui tentar discordar um pouquinho de algumas.

Vou colocar algumas passagens com alguns adendos para o texto muito bem escrito pelo José Alfredo Barreto. Em alguns momentos, até o que escrevi aqui estão no texto dele posteriormente.

1- No cruzamento do Gir com o holandês (girolando), qual das duas raças é a transmissora de leite? O holandês concorre com o quê?... O zebu concorre com o quê?”
Para se atingir resultados econômicos desejados, o bom senso indica que o caminho há muito encontrado é o cruzamento entre o gir e o holandês: espécies distintas e, se oriundas de linhagens bem trabalhadas, com certeza se obterá resultados funcionais espetaculares, não só leite, mas carne também.
Demais disso, - complementando - se a heterose nada cria senão fazer ressaltar atributos funcionais, é de se concluir que quanto mais tipificadas e ou caracterizadas as duas espécies (gir/holandês), mais satisfatório há de ser o resultado.”

COMENTÁRIOS:
Tecnicamente sabemos que o holandês vai nos dar leite, persistência de lactação, melhoria reprodutiva e facilidade de ordenha principalmente. O gir vai contribuir com rusticidade (neste quesito entram vários fatores de adaptabilidade aos trópicos), e sim, aumento de sólidos no leite.

Quando o senhor diz que são espécies diferentes, é um engano, pois se fossem diferentes, os produtos seriam estéreis, na verdade são da mesma espécie, porém de sub-espécies diferentes, sendo o taurino: Bos taurus taurus e o Zebuíno: Bos taurus indicus.

Quanto a questão da heterose, acima afirmado, sou da linha de se acasalar uma genética de alta produtividade, com animais muito tipificados quanto a produção de leite do holandês, com animais de genética conhecidamente de boa produção do gir. Lembrando que, os animais muito caracterizados do holandês (vejamos a genética canadense), não tem uma boa tipificação de leite igual ao holandês americano. Uma vez que sabemos que os canadenses priorizam na maioria das vezes a beleza e padrão racial e os americanos a alta produtividade aliada a tipificação leiteira.

2- “DEPARA-SE COM O SEGUINTE QUADRO. A consangüinidade não compraz com interesses imediatos. Apura, geneticamente, tanto as qualidades quanto os defeitos, permitindo, com o seu emprego, a obtenção de linhagens; raçadores e a criação uma diversidade genética.”

COMENTÁRIOS:

Vinha escrevendo tudo coerente, quando se chega ao ponto e escreve que a ‘consangüinidade permite a criação de uma diversidade genética’. Oras bolas, se tem consangüinidade, diminui a diversidade genética. Isso é óbvio.

3- “Para se fazer uma pecuária produtiva, destinada ao pleno abastecimento, seja de leite ou de carne, não se pode abdicar da Raça Gyr e ainda, equivocadamente supor que essa raça poderá substituir outras ou ser substituída. Mas através de um gir conformado à realidade e não um gir que existe apenas em nossa imaginação, o que conseqüentemente se faz uma exarcebada exigência de seu desempenho, exigindo dele muitíssimo além de sua potencialidade. É que, por ser o Gyr dentre os zebuínos, aquele que mais dá leite, equivocadamente somos levados a situá-lo como raça leiteira, sendo que, na verdade, o Gyr é uma raça boa de leite.”

COMENTARIOS:

No 1º parágrafo, discordo do senhor no quesito leite e carne. Gir é pra leite e ponto final, mesmo o padrão, o padrão ta começando os testes de progênie, e vai vir pra leite e com raça! O gir poderá sim substituir outras raças no futuro, talvez nos meus netos, bisnetos ou mais pra frente, é óbvio. O holandês, o jersey, tem mais de 400 anos de seleção, o Gir tem nem 1 século ainda (observando quesitos produtivos). Temos muitos anos atrás, mas que com as tecnologias, vamos correr por fora, mas vamos chegar a um patamar muito alto.

No 2º parágrafo, diz que estamos exigindo muito além da potencialidade, estive tentando achar aqui o trabalho apresentado no 8th International Workshop on the Biology of Lactation im Farm Animals, feito pelo competente Prof. João Negrão, mostrando toda bomba hormonal na hora da ordenha, e parâmetros, mostrando que o GIR tem sim potencial, porém falta a seleção, esse trabalho é muito bom!

O Gir sim é uma raça leiteira, raça leiteira carro-chefe do Zebu. Vamos selecionar!

O 2º texto o senhor trouxe outras afirmativas, que me permita discordar de algumas (como o mundo ia ser chato se todo mundo pensasse igual, né?)

Quando o Senhor fala que seleção só se faz com endogamia, endogamia é perigoso demais, uma vez que segundo Faria (2002)* – “ Para viabilizar os programas de melhoramento genético, torna-se necessário conhecer os diferentes fatores que potencialmente interferem no processo seletivo. O tamanho efetivo da população é um dos que chamam a atenção, pois seu decréscimo pode estar associado ao aumento do nível de endogamia. Isso ocorre principalmente em razão do uso intensivo de alguns poucos touros melhoradores nos rebanhos e do aumento observado da variância do número de progênies por reprodutor em gerações sucessivas. Endogamia alta implica redução da variabilidade genética, o que afeta as características relacionadas à reprodução e ao valor adaptativo dos animais, e a expectativa de se obter resposta futura à seleção.”

*FARIA, F.J.C. Estrutura genética das populações zebuínas brasileiras registradas. 2002. 177f. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) – Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG.

Seleção de uma raça deve-se utilizar a maior variabilidade possíveis de touros para conseguir uma variabilidade genética e melhores resultados, ou seja, sim, heterose dentro de uma própria raça, uma vez que as linhagens (aí a importância da endogamia feita por alguns criadores, um exemplo o gado EVA iniciado por seu estimado sogro e que hoje o senhor dá continuidade).

A endogamia é pode ser usada até 10%, acima disso, começa a aparecer efeitos deletérios pra raça (num trabalho de Cunha e colaboradores, 2006), chegaram à conclusão, que é preocupante esse índice para características de herdabilidade baixa e média, na raça nelore.

Ou seja, fazendo endogamia, vamos ter (como o senhor mesmo disse), aparecimento de características boas e ruins, ou seja, em algum ponto importante para pecuária (por exemplo, reprodução), pode ser deletério. Entendem?

Vejam este trabalho, e vão entender melhor:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352006000300015&lng=&nrm=iso&tlng=

Quando o senhor diz que a herdabilidade para produção de leite é baixíssima, é outro engano, sabemos que para produção de leite varia entre 0,15 a 0,24 e que para ser alta tem que ser 0,30, ou seja a herdabilidade é média, e sim, influi muito num acasalamento. Lógico que em ambientes de igual manejo, os animais sofrendo mesmas influências do ambiente.

Apesar destes poucos pontos em que discordo do senhor, o texto está muito bom e é um importante documento para a história da raça Gir. Um grande abraço ao senhor e aos demais companheiros criadores. E ao Rosimar Silva que propicia este maravilhoso espaço para divulgar nossas idéias e aprofundar o debate sobre seleção e melhoramento da raça Gir no Brasil.

Roberto Ximenes Bolsanello

Médico Veterinário – CRMV-ES 700
Especialista em Zootecnia com ênfase em Bovinocultura Leiteira – UFLA / MG
Mestre em Medicina Veterinária com ênfase em Saúde Animal – UNESP, campus de Botucatu-SP.
Inspetor da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Jersey – Núcleo ES
Criador e Selecionador de Gado GIR em Guarapari (ES)

Nota do Editor:______________________________________________________

Roberto Bolsanello trabalhando duro, fazendo
diagnóstico de gestação em fazenda de Jersey.

QUAL É O TRANSMISSOR DO LEITE? II

Goiânia (GO) – recebi e-mail de José Alfredo Barreto, de Sete Lagoas (MG), tecendo algumas considerações acerca do seu artigo QUAL É O TRANSMISSOR DO LEITE?, publicado aqui no Blog Girbrasil dia 25 de novembro, domingo. Se você ainda não leu o artigo, aproveita o estímulo e leia. Se achar que pode contribuir com essa discussão, deixa um comentário ao artigo

"Prezado Rosimar Silva,

Parece-me que o meu texto não foi entendido ou não se quiz entender. Os questionamentos que fiz não se dirigem diretamente para o gir leiteiro, claro que indiretamente. O proposto foi, em primeiro lugar, qual é a raça que mais contribui para a formação do girolando? Em segundo lugar, para se produzir uma vaca girolanda produtiva - produtiva mesmo - o criador que faz tal cruzamento necessariamente tem de lançar mão de um gir oriundo de uma seleção voltada a fixar características tais destinadas à formação de tal mestiço; em terceiro lugar, demonstradas as qualidades e insuficiências, tanto do holandês quanto do gir, aquele, no que se relaciona às insuficiências, questões climáticas, esse, no que diz respeito às seus desempenhos, biológicas, e, assim, juntados "os cacos" a pecuária nacional "descobriu" o girolanda; em quarto lugar, que seleção só se faz com a endogamia; em quinto lugar, que a heterozigose faz "explodir" aptidões funcionais (carne e leite); em sexto lugar, a baixíssima herdabilidade do leite e, por fim, o desafio que é a seleção leite; conquanto a baixa herdabilidade somada ao único processo seletivo capaz de construir, seja uma raça ou uma linhagem dentro de uma raça, é a endogamia e pelo que se vê os leiteiros, à unanimidade, confrontando o método (veja o convite recente da Assogir) lamentando a consangüinidade (!!!) existente ... no rebanho leiteiro”.

27 de nov. de 2007

Hilton fatura alto em leilão

Belo Horizonte (BH) – Hilton da Cunha Peixoto (foto) faturou R$ 526.080,00, no último dia 21 de novembro com o Leilão de Liquidação de Plantel Gir Leiteiro. Foi um sucesso de vendas. 100% vendido. Foi um leilão de recinto com mais de 500 pessoas presentes e transmissão pelo Agrocanal. Segundo Cláudio Lara, um dos assessores do evento, os compradores foram dos Estdos de Minas Gerais, Ceará, Rio de Janeiro.
A Comercializa Leilões e a Terra Leilões foram as organizadoras do Evento. As fotos do catálogo de divulgação foram feitas por Marcelo Cordeiro, de Belo Horizonte.

Foram vendidos 39 animais, média de R$ 13.489,23. A vaca Fantástica TE Gavião (CA Everest X Boêmia Talão da Cal), cria de Carlinhos Caldeira Brant, do lote 23 e capa do folder promocional do Evento, foi o animais mais cara do leilão, vendido para o condomínio Enir Barbosa (Fazenda Qualizul) e Ermelindo da Rocha Faria por R$ 49.600,00.

15 outros lotes tiveram lances superiores a 15 mil reais. O maior comprador do leilão foi Pedro Venâncio Barbosa, de Pará de Minas, dono da marca Gir Cristal, mas que é também um grande criador de Nelore. Aliás, a maioria dos presentes e compradores do leilão do Hilton era de neloristas, principalmente de Minas.

Essa está sendo uma tendência dos leilões de Gir em todo o Brasil: a presença de criadores de nelore comprando e pagando altos preços. Se os neloristas estão entrando para a seleção de gado Gir é porque o negócio não dever ser tão ruim.

Parabéns aos Hilton da Cunha Peixoto e aos organizadores do evento que propiciaram um grande negócio e uma excelente divulgação do agronégocio do Gir.

1º Leilâo Virtual Úbere - Gir leiteiro

Que saber mais sobre o leilão Úbere, de Goiatuba (GO)?

Click aqui

Resultado completo do julgamento da expouberlandia (MG)

Uberlândia (MG) - Girbrasil publica aqui os endereços dos resultados completos dos dois julgamentos da raça gir na Mega Exposição de Gir de Uberlândia (MG). Vale à pena conferir o resultado, ver a pontuação dos melhores criadores e melhores expositores. Além da visita, você ainda pode copiar para o seu arquivo pessoal em seu computador. Boa sorte.

click e veja:

Um ou três juizes para julgar na Expozebu?

Goiânia (GO) – O Blog Girbrasil levanta os temas, a galera logo inicia uma discussão na comunidade Girbrasil, no Orkut (site de relacionamento na Internet - quem tiver Orkut vale à pena uma visitinha). Vejam aqui o debate que está acontecendo na Comunidade Girbrasil sobre a decisão da ABCZ em reduzir de 3 para 1 juiz nos julgamentos dos animais na próxima Expozebu.

Roberto Bolsanello – do Espírito Santo:

1 juiz só! O que acharam?

Uberaba (MG) - Reunião da diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) determinou no último dia 13 de novembro que a 74ª Expozebu terá apenas um jurado por raça. Os julgamentos também serão comparativos. Ou seja, o juiz chamará para si a responsabilidade de escolher o melhor animal da competição. "Todas as informações sobre os animais estarão disponíveis da mesma forma. Mas o jurado deverá comparar aqueles que entenderem que são fortes candidatos ao campeonato e então escolher as classificações", explica o presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes. A determinação vale para todas as raças zebuínas que participarem da Expozebu. A ABCZ está se comunicando com as associações promocionais das raças zebuínas para que elas incluam a forma de julgamento nas feiras promovidas por cada uma. (notícia veiculado no blog Girbrasil)

Galera, eu ainda preferia a versão com 3 juizes.

Caio Sandro – de Caldas Novas (GO):

Pra mim é bom e mais sério, ou é bom ou não é, isso aos olhos dele, pois para criador já e uma outra conversa.


José Alfredo Barreto – de Sete Lagoas (MG):

Talvez esta nova versão seja melhor porque sendo um, esse não terá que "escorar" no outro para justificar fundamentos e motivos de julgamento. Assume a "onça". Além disso, de uns tempos para cá, os julgamentos foram tão "banalizados" que muitas vezes nem se lembra qual touro ou vaca foram os campeões. O padrão cedeu lugar ao cocho e, assim quem pode gastar mais... Não estou generalizando, mas a maioria dos resultados.

Roberto Bolsanello – do Espírito Santo:

Oi Zé...

Mas será que não é muita responsabilidade pra 1 pessoa só. Pessoas têm visões diferentes,... Juizes pensam diferentes... Sei lá. Preferia 3 ou até mais.
Um abraço.

José Alfredo Barreto – de Sete Lagoas (MG):

Na esteira de seu entendimento, o bom mesmo seria uma porção de juízes, um limite correspondente ao número de criadores expositores... Não é gozação não!!! O que acontece é o seguinte: o juiz julga a rês; nós, da assistência, os juízes. De mais a mais, a exposição que deveria ser uma "aula viva" se torna um marketing que levam muitos ao engano. Tantas são as influências... Que o ideal seria abdicar de limites e, por exemplo, expor uma vaca com vinte anos "paridinha de novo" e acabar com os limites de idades e coisas afins que só servem para "fertilizar" a imaginação daqueles que só pensam em premiações.

Roberto Bolsanello – do Espírito Santo:

Zé...

Concordo com a questão de idade limite... Não só isso... Outras muitas coisas... Já tava na hora de um “conselho” revisar toda a questão de julgamentos...
Quanto à questão de juízes... Acho legal que tenho ao menos 3, pois aí não seguem só uma linha de raciocínio... Uma vez que a melhorar pra um pode não ser pra outro... E a melhor vem de um consenso... Sem falar que um pode fiscalizar a influência de fatores externos do outro (convenhamos que comprar 3 é mais difícil que comprar 1). Se em banca de mestrado tem 3 membros, de doutorado 5, jogo de futebol tem 4, basketball tem 5, Miss Universo tem uns 10, natação tem uns tantos e mais os fiscais, entendem onde quero chegar?
Apesar de ser juiz auxiliar da ABCZ, auxiliei pouquíssimas vezes, e na maioria em nelore, e podia ver a discussão entre os juízes quando se tinha uma dúvida... Acho altamente saudável isso. Tenho experiência no Jersey, que fui criador e sou técnico e juiz da raça, onde se tem só um juiz. Toda exposição é briga no final porque o juiz segue uma linha não interessante pra grande parte dos que estão sendo julgados. Lembro de um caso no ES, onde minhas novilhas não eram as melhores e ganharam pq o juiz super famoso levava em questão na maior parte PANÇA, isso mesmo. O negócio dele era pança. Ou outro juiz que conheço que só de bater o olho ele sabe que o animal é da linhagem “tal” de Jersey que é a que ele cria e só sai campeã dessas linhagens. Estão me entendendo? É complicado. Acho e continuo achando mais interessante o critério de 3 juízes. E afirmo: concordo que muita coisa tem que ser mudada no regulamento de exposições. Um forte abraço companheiro Zé!
Espero que tenha entendido meu ponto de vista!

José Alfredo Barreto – de Sete Lagoas (MG):

Entendi seu ponto de vista. Mas verifico que nuances apresentadas por você, todas elas, sem excessão, parte de uma premissa negativista quanto ao julgamento. Porque- digamos- a ABCZ conceber uma fórmula, adotando critérios calcados em princípios tais que norteiam o processo seletivo e daí tentar sepultar o subjetivismo que existem nestes julgamentos. O que acha companheiro? Premiar como? E coisas assim.

Roberto Bolsanello – do Espírito Santo:

Companheiro Zé

Acho que além dos animais, os juízes também tinham que receber notas, ou seja, os juizes com melhores notas em mais julgamentos estariam classificados pra EXPOZEBU, lógico que pontuando a qualidade da exposição também, seria estilo um ranking dos juizes. Seria a melhor forma vejo hoje... Pois acho ridículo associação indicar juiz para a ABCZ. (Vejamos algumas que um grupinho domina) e tal. Tinha que ser o mais transparente possível.
Outra: ter súmula...o juiz escrever os motivos das escolhas pelo menos das 5 primeiras, e isso passar numa comissão. Isso aí, termos uma comissão!!!
Bem, são idéias... Vamos trabalhar elas, galera!

Um abraço a todos.

E você leitor, O que acha? Dê sua opinião.

25 de nov. de 2007

ExpoZebu 2008 terá um só jurado por raça

Uberaba (MG) - Reunião da diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) determinou no último dia 13 de novembro que a 74ª ExpoZebu terá apenas um jurado por raça. Os julgamentos também serão comparativos. Ou seja, o juiz chamará para si a responsabilidade de escolher o melhor animal da competição. "Todas as informações sobre os animais estarão disponíveis da mesma forma. Mas o jurado deverá comparar aqueles que entender que são fortes candidatos ao campeonato e então escolher as classificações", explica o presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes. A determinação vale para todas as raças zebuínas que participarem da ExpoZebu.

A ABCZ está se comunicando com as associações promocionais das raças zebuínas para que elas incluam a forma de julgamento nas feiras promovidas por cada uma.

fonte: ABCZ

Gir Leiteiro: ABCZ prepara avaliação genética de matrizes para 2008

Uberaba (MG) - A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) prepara para 2008 uma grande novidade na área de melhoramento genético. A partir do próximo ano, a raça gir leiteiro contará com uma avaliação genética de suas matrizes. Essa avaliação colocará o Controle Leiteiro em posição de revolucionar os critérios de seleção e acasalamento de gir leiteiro, segundo a gerente de Melhoramento Genético da ABCZ, Ice Cadetti Garbellini. "Identificaremos matrizes com alto potencial genético para produção leiteira e assim poderemos multiplicar esses genes, trazendo um real incremento a pecuária zebuína leiteira", explica.

Para que a avaliação seja feita, o rebanho deve obrigatoriamente participar do Serviço de Controle Leiteiro da ABCZ. Mas existe um detalhe importante que será indispensável para a avaliação: é preciso que os produtores não deixem de fazer controle leiteiro da primeira lactação de suas matrizes. "Só assim em parceria com a Unesp poderemos gerar as avaliações genéticas das matrizes com confiabilidade nos resultados", finaliza a gerente de Melhoramento Genético da ABCZ.
Fonte: ABCZ

Brasil já pode importar embriões zebuínos da Índia

Brasília (DF) - Primeira reunião do Grupo de Trabalho Agricultura do Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (IBAS), foi realizada dia 22 de novembro, em Brasília (DF), e confirmou a autorização da importação de embriões zebuínos da Índia pelo Brasil.
Agora os condomínios de criadores de gir e nelores que estão com gado na Índia coletando embriões podem começar a enviar esse material genético para o Brasil.

24 de nov. de 2007

Prezado Rosimar Silva,

Sou um jovem criador de Gir, sou um grande "telespectador do Blog do Gir". Queria parabenizá-lo pelo blog que está muito bom, que, além de informativo, promove a interação entre os criadores de gir das mais diversas partes do Brasil. Além do blog mostrar os grandes animais da raça gir. Por isso estou enviando uma foto da minha nova matriz, Atenas (foto) e se possível gostaria de compartilha-la com a todos que gostam de gir. Desde já agradeço a atenção, um forte abraço. E sucesso.

Rafael Bastos Teixeira (FOTO)

Mestrando em Genética e Melhoramento Animal
Universidade Federal de Viçosa-UFV
Fazenda Mato Dentro-Gir Leiteiro

Viçosa-MG

www.fazendamatodentro.com
www.fazendamatodentro.com.br

23 de nov. de 2007

Leilão agropecuária Úbere - Goiatuba (GO)


Goiânia (GO) - Dia 8 de dezembro próximo, Marcelo Coelho (foto), criador de gir e prefeito de Goiatuba (GO), dono da Agropecuária Úbere, irá vender machos e fêmeas no 1º Leilão Virtual Úbere - Gir Leiteiro. O leilão será transmitido pelo Canal Rural e será as 14 horas. A assessoria e de Luiz Ronaldo, de Uberaba (MG).
Marcelo Coelho é um dos principais criadores de Gir do Brasil. Foi o comprador a vaca Xantina, do ex-criador Alberto Pereira Nunes Filho. Xantina foi recordista nacional do Controle Leiteiro da ABCZ de 2002, com produção de 9.584 kg de leite.
Durante vários anos Marcelo Coelho reuniu em sua fazenda o que de melhor foi vendido em leilões em Goiânia, Uberaba (MG) e Uberlândia (MG), além dos leilões virtuais. Essas vacas, acasaladas com touros gir leiteiros provados, produziram os amimais que agora ele disponibiliza ao mercado. Veja alguns animais à venda aqui.

Acelerando o crescimento


O Orçamento da União de 2007 reservou R$ 16,9 bilhões para as obras do PAC. Desse total, só 50% foi empenhado. E apenas R$ 2 bilhões foram efetivamente desembolsados. Somando-se a esse valor outros R$ 2 bilhões herdados do ano anterior, na rubrica de “restos a pagar”, os desembolsos totais de 2007, em pleno mês de novembro, não passam de R$ 4 bilhões. Ou seja, o PAC vem se revelando, por assim dizer, impotente.

É nesse contexto que uma rede de motéis de Brasília saiu em socorro de Lula. Ou quase isso: “Ajude o presidente, faça um PAC com a gente”, anota a mensagem do outdoor. A julgar pelo estímulo exposto ao lado do texto, o programa paralelo deve exibir, sob os lençóis, um crescimento mais vigoroso do que o oficial.


fontes: blog do Josias de Souza

22 de nov. de 2007

José Afonso Bicalho denunciado no STF

Goiânia (GO) - O procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, ofereceu denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra 15 suspeitos de envolvimento com o mensalão tucano. O esquema teria sido usado na campanha a governador do atual senador Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998. Entre os 15 nomes está o do atual tesoureiro da Abcgil e criador de Gir Leiteiro em Ferros (MG), José Afonso Bicalho Beltrão da Silva (foto). Segundo o jornal Folha de São Paulo, José Afonso Bicalho “foi diretor-presidente do BEMGE (Banco do Estado de Minas Gerais) de 1995 a 1998. Foi responsável por cinco repasses de R$ 100 mil para a SMP&B Comunicação”, do publicitário Marcos Valério. Veja integra da representação do procurador-geral aqui.

Nota do Editor:

Essa história de mensalão vem se arrastando há muito tempo e todas as pessoas que, de alguma forma, participaram de governos, ou gestões que envolveram as transações que poderia propiciar arrecadação de dinheiro para o esquema estão sendo investigadas. É o preço que se paga por ser político, ou técnico de governo. É o caso do José Afonso Bicalho. Era o presidente do Banco e pagou as faturas da empresa de publicidade que prestou os serviços ao Banco.

Conheço o “Zé Afonso” há vários anos como criador e companheiro do Gir. Sei que ele é um dos principais economistas do Estado de Minas e sempre é requisitado para trabalhar em cargos importantes em governos de diferentes siglas partidárias. Portanto, não é um quadro político, mas um excelente quadro técnico. Atualmente é o Secretário de Finanças da Prefeitura de Belo Horizonte, que é administrada pelo PT.

Foi presidente do BEMGE (Banco do Estado de Minas Gerais) no governo do PSDB. Sua competência foi reconhecida pelo prefeito petista de Belo Horizonte e hoje ocupa esse cargo.

Zé Afonso é uma pessoa simples, generosa, companheira e, acredito, limpo dessa lama toda que foi o esquema de arrecadação de dinheiro para campanhas políticas. Posso até estar enganado, mas até que me provem o contrário, o Zé Afonso merece o meu respeito, a minha confiança e provará que é apenas um suspeito pelo simples fato de ser o presidente do Banco na época do episódio do chamado mensalão dos tucanos em Minas.

Aula sobre cruzamento

Goiânia (GO) - Os fóruns da Comunidade Girbrasil é, sem nenhuma dúvida, a maior fonte de debate e discussão atualmente sobre o Gir no Brasil. Pena que nem todos têm acesso a esse debate. Mas eu vou colaborar publicando aqui algumas perolas de Girbrasil:
Vejam os dois depoimentos, o primeiro de Reigy Braz, de Goiânia (GO) e o Segundo do médico veterinário do Estado do Espírito Santo, Dr. Roberto Bolsanello, criador de gir leiteiro em Guarapai (ES).
Reigy: (foto)

”Alguns dias atrás eu e o Leonardo (Dr. Leonardo Rodrigues, médico recem formado e criador de gir em Goiânia, membro da nova geração de criadores de gir leiteiro) conversamos sobre um cruzamento que acho bem interessante ... que seria o R + Alecrim (krishna + Redino/Gaiolão). Aliariam suas qualidades e excluíram a maior parte dos defeitos, ex: o R aumentaria o porte e passaria mansidão para o Alecrim.
O Alecrim passaria uma melhor conformação de tetos e daria refinamento e precocidade ao R; já se tratando de duas linhagens muito leiteiras.
Ah quero lembrar que também gosto demais do tal do encarneiramento do Eva, e é uma linhagem ótima pra corrigir úbere e tetos. Acredito que a melhor neste quesito.
E pra quem não sabe encarneiramento é aquele osso sobressalente no crânio .... que faz lembrar um cachorro bullterrier ...
Ex:.. a vaca Essência da São José, que está no blog Girbrasil, tem um pouco.”

Roberto Bolsanello: (foto)

“Cuidado no que diz: "Aliariam suas qualidades e excluíram a maior parte dos defeitos. Ex: o R aumentaria o porte e passaria mansidão para o Alecrim. “O Alecrim passaria uma melhor conformação de tetos e daria refinamento e precocidade ao R; já se tratando de duas linhagens muito leiteiras”. Sabemos que genética não é matemática que 1 + 1 = 2. Lembre-se que os genes de um podem ser dominantes aos outros... Não havendo o resultado esperado.
"Lembrem-se, novamente, da história de uma modelo linda e loira maravilhosa que chegou para o Einstein e disse:
- Einstein, temos que nos casar, pra gente ter filhos inteligentes como você e bonitos como eu...

Eis que Einstein diz: - É, mas e se saírem feios que nem eu e burra que nem você?"
Então, muito cuidado, esse cruzamento pode sair: pequenos e bravos como alecrim e tetos ruins, grosseiros e tardios como o R.

Nota do Editor:
Publico abaixo fotos dos animais citados pelo Reigy:







Krishna Importado



Redino


Gaiolão

O debate sobre gir continua

Goiânia (GO) – O debate corre à vontade na comunidade Girbrasil, no Orkut. Como publiquei um texto sobre o depoimento do Gerri, membro da comunidade Girbrasil. Acho justo e democrático publicar sua resposta ao meu texto. O debate franco e transparente é importante para o nosso engrandecimento. Parabéns ao Gerri por participar honrosamente desse debate.

Veja em abaixo o texto na integra, exatamente como foi postado no Orkut:

“Sr. Rosimar , acredito de verdade na sinceridade de suas palavras com relação a raça , gir . E aproveito a esclarecer um equivoco citado, jamais tive a intenção de “meter o pau” em raça nenhuma, só expressei minhas experiências, talvez com um tom mais azedo, mas de maneira nenhuma pré-meditado ou propositado. Aproveito também pra fazer algumas explicações, que talvez tenham sido mal interpretadas. Mas uso o próprio texto escrito pelo Senhor

1- Entendo que: quando se busca argumentos comerciais, sejam eles em pecuária, agricultura, indústria, enfim, seja lá qual setor for, procura-se sempre exaltar as qualidades do dito produto. No caso da raça: o leite. Muito bem, o consumidor de tal produto a comprá-lo, espera o resultado que foi propagado pelo vendedor. Veja: “... não conheço quem esteja criando gir com o objetivo exclusivo de produzir leite. Quem seleciona raça de gado vende genética. Por isso os ganhos genéticos são os principais produtos de divulgação dos criadores...” Pergunto ao Senhor: Ganhos Genéticos em quê? Imagino que seja em leite. Aí vem: “Os animais em evidencia estão sendo explorados em produção de leite ao máximo e por isso alguns apresentam lactações expressivas e isso não é a média da raça em condições normais.” Quais informações chegam a nos, compradores do produto do gir (genética ou leite): Os animais em evidência (a maioria dos touros com sêmen disponível ou filhos e filhas) ou a média da raça em condições normais, não seria uma propaganda enganosa? E mais: o Senhor quis dizer que as lactações divulgadas, são de alguns animais, que por serem explorados ao máximo, apresentam lactações expressivas. Ou seja, a media das lactações expressivas é de 5000 kg, 6000 kg, ou seja, um animal precisa ser explorado ao Maximo para dar 5000/6000 kg , e o restante da raça tem produção de quanto? (“... isso não é a média da raça em condições normais...”). Eu tive a experiência e falei aqui. Só isso.

2-Não houve comparação entre uma raça e outra e sim a quantidade de leite produzida por uma e por outra, nas minhas condições. Não me lembro de ter dito que as vacas da raça gir que possui eram bravas, mas que depois de cinco ou seis meses de lactação, por não produzirem mais leite, e não suportarem mais o manejo da ordenha, elas ficam irritadas e coiceiam os filhotes e chutam o balde na hora da ordenha, isso eu disse e confirmo, agora disse isso como um ato particular de manejo, e não generalizado a ponto de identificar a índole dos animais de uma raça. E pra finalizar:

Acredito mesmo nesse lema: CONHECIMENTO, primeiro item de seleção, o segundo: VERDADE, o terceiro: PÉ NO CHÃO, o quarto: NÃO SE ENGANAR, quinto: REALIDADE. Isso tudo envolvido por uma grande capa de EQUILÍBRIO.

Realmente, tive uma experiência negativa com a raça, em termos produtivos, mas como dizem os meus primos: Todo mundo acha a Xuxa uma ótima cantora, por que não fazer também todo mundo achar que a raça gir é uma ótima produtora de leite, vamos vender genética. To brincando... Por enquanto, ou por algum tempo, não pretendo criar raça pura nenhuma.

Até”.

Gerri – das páginas da comunidade Girbrasil, no Orkut.

20 de nov. de 2007

Granja do Carlos na Internet

Goiânia (GO) – Mais um criador de Gir caiu na rede mundial de computadores e exibe seu trabalho por meio de um site. Trata-se de Carlinho da Granja, de Formiga (MG). No site ele conta que sua família cria Gir deste a década de 40, cujo pai, Roberto Honório da Costa, adquiriu as primeiras matrizes do coronel Chico Aureliano, gado da Marca “N”, também de Formiga.

Segundo Carlos da Granja, “A Granja do Carlos mantêm um rebanho de aproximadamente quinhentos animais da raça Gir de excelente padronização, uma seleção séria e com a responsabilidade de aprimorar o que há de melhor dentro da raça. Procurando sempre melhorar algo a mais, não admitindo de forma alguma a troca ou a perda do que já está pronto, porque isto sem dúvida é a soma de centenas de anos e de vidas daqueles mestres do passado, que viviam para selecionar e somar. Jamais pode fazer experimento em cima desta genética que sem dúvida é uma das poucas existentes”.

Vale à pena visitar o site da Granja do Carlos para ver belas fotos do que existe de mais bonito na raça Gir. São vacas extremamente caracterizadas. Carlinhos, ao lado de José Luiz Junqueira Barros, o Bi, de Ribeiro Preto, é um dos principais representantes brasileiros na seleção de Gir altamente caracterizado, ou o chamado Gir padrão. Parabéns ao Carlinhos pelo belo plantel e belos prêmios que está ganhando na Expozebu e demais exposições por onde passa.


19 de nov. de 2007

Fórum de Girbrasil no Orkut

Goiânia (GO) – Hoje publicaremos uma debate que está acontecendo no Fórum "Conhecendo a raça Gir!”, na comunidade Girbrasil, no Orkut. Quem propôs o fórum foi Ângela, de 19 anos de Belo Horizonte (MG). Quem não participa do Orkut poderá ficar sabendo dos debates nas páginas de Girbrasil.

Ângela Diz:

Conhecendo a raça Gir!

- Gostaria de saber a diferença do Gir Leiteiro do Gir PO .

Roberto Bolsanello – Espírito Santo:

tudo é Gir....

- Porém Gir leiteiro foi uma jogada de marketing...pra dizer que os deles eram provados pra leite...
Porém todo gir é leiteiro..entende..ou seja..é GIR...
Os leiteiros falam que o padrão é só beleza racial e não dá leite...os padrãozeiros falam que o leiteiro é mestiço leiteiro, que num é Gir de verdade...ihh..é muita briga! rs

Caio Sandro – Caldas Novas (GO):

SEM DIFERENÇAS

- Ângela, essa PSEUDO DIFERENÇA é o grande divisor da raça atualmente.Nós que selecionamos o GIR LEITEIRO, temos nosso gado todo registrado na ABCZ, Então PURO DE ORIGEM e dentro da "Bíblia do Gir" - ORIGEM ESSA QUE E INDIANA.

Conforme você pode verificar, isso principalmente pelas fotos do álbum do Rosimar, que o gado PURO DA ORIGEM , não tem nenhuma, mais nenhuma diferença do gado GIR LEITEIRO, que selecionamos e registramos na ABCZ e então dentro das Normas do MAPA (a Bíblia).
Eu até atrevo a dizer que em termos comparativos, vejo mais diferenças na ORIGEM INDIANA com o gado DUPLA APTIDÃO, que também e registrado e portanto PURO DE ORIGEM.
Então vai entender essas "Diferenças", mais o importante é que a raça cresce e as cabeças mudam, e Graças a DEUS para o mesmo rumo.
Leite e Raça = Satisfação Pessoal no que seleciona e Lucros.
Raça e Leite = Satisfação Pessoal no que seleciona e Lucros.
- Mais pra seu norte, afirmo, que e muito mais fácil, mais muito mais fácil mesmo, com o material genético que temos a disposição, fazer leite e raça do que fazer raça e leite.

Sítio VG – Goiânia (GO) – Sítio VG é como um membro da Comunidade se autodenomina:

“No meu ponto de vista”

Essa diferença que você menciona não existe:
Tem muito Gir PO “registrado” que seus proprietários consideram e faz propaganda como “Gir Leiteiro”, objetivando, principalmente agregar maior valor na hora de vender suas cria, visto que por uma questão mercadológica, esses animais além de serem ditos como leiteiros, tem garantia de origem, puros, é registrado como PO.
É o gado Gir que alguns “Cruzadores” procuram para levar a seu rebanho mais acurácia, mais garantia de eficiência no que se propõe "Produzir leite".
Mas tem também alguns plantéis em que o proprietário não registra seus animais apesar de informarem e também fazerem propaganda que se trata de Gir Leiteiro - Se não são registrados, podem não ser animais de sangue 100% de pureza racial
PO = Garantia de RAÇA.
Valendo nestes casos a credibilidade da informação do criador e os olhos clínicos do comprador, que, por motivos particulares, não tem a necessidade de adquirir um animal PO, indo neste caso, a procura de animais supostamente mais baratos, mas também, não menos "Leiteiro".
Em ambos planteis, esses animais são realmente mantenedores e até melhorador de Leite, visto que pode existir uma séria seleção onde os animais menos leiteiros são logo descartados, PO ou não - Leiteiro é uma questão de seleção.
Já a diferença de Gir "Leiteiro" do Gir “Padrão” é outra conversa, que convido nosso “praceiros” mais experientes deixarem abaixo, suas opiniões ou esclarecimentos.
Abraço.

Gerri – Teixeira de Freitas (BA):

Tiro leite de girolando , sei que vai muito bem , e não consigo achar a real diferença entre os dois gir , nenhum deu o leite igual e nem chegou perto das girolandas , no mesmo manejo . Talvez, no manejo de falta de comida, ele demore mais pra morrer. O gir padrão morre olhando pra cima e o leiteiro olhando pra baixo. Sei que leite, é uma ou outra, e no começo, depois vira uma coicearia no balde e cabeçada nos filhotes, agora, o importante é perceber a propaganda da raça, que é proporcionalmente boa quanto enganosa , já entrei nessa também e me ferrei , preciso um simples tirador de leite, fazer umas contas aqui e eu da no pé , uma vaca dessas num se paga nunca com o leite que elas dão. A girolanda sim. E que percebo que tem muito mais cacique do que índio , que muita gente fala por ouvir dizer ou por ler alguma propaganda , mas pouca gente meteu a mão na teta de vaca , pra valer , se é que tem vacas .......pra quem não é muito aprofundado em características de raça , e acha que a função seja o motivo de qualquer trabalho (leite) , como eu , infelizmente se decepciona com a raça gir , não sei se é padrão ou leiteiro , so sei que é como meus primos diziam pra mim : ...prepara bem suas vacas gir pra leite , que nos vamos preparar nossos tratores pra corrida ..... . Trator não é feito pra corrida e vaca gir não é feito pra tirar leite . Agora sem o gir não existe o girolando , que sem duvida é o melhor pra se tirar leite , alias o de primeira cruza , por que depois vira um deus nos acuda . Mas é isso acho a raça gir muito legal, muito bonito,... Mas de tetas e úberes bonitinhos pro seus bezerrinhos filhos de holandês, e bezerro, não precisa ter tetas e úberes corrigidos, precisa do leitinho pra desmama bem. Ai sim o gir serve. O resto é propaganda.

RESPOSTA:

Por Rosimar Silva, de Goiânia (GO)

As opiniões de Gerri são muito importantes para o entendimento dos problemas que a raça Gir enfrenta e enfrentará para se tornar uma raça leiteira tropical. Ao invés de ficar com ódio do Gerri pelas suas ingênuas palavras, devemos aproveitar e tirar os devidos proveitos.

Primeiro cabe esclarecer ao leitor do blog que este “debate” aconteceu, ou acontece, na comunidade Girbrasil, no Orkut (site de relacionamento da Internet).

A proposta do Fórum é esclarecer a diferença entre Gir Padrão e Gir Leiteiro. São duas denominações que realmente expressam dois tipos de seleção de gado Gir no Brasil. Essas denominações só existem na prática nos julgamentos da ABCZ e na propagando dos selecionadores que se identificam com cada uma das denominações. Do ponto de visto do registro genealógico não existe diferença nenhuma. Tudo é Gir.

O Gerri, apesar de ao final do seu texto dizer que acho Gir bonito e etc, meteu o pau na raça e afirmou que Gir não dá leite como girolando.

Aí começa o primeiro erro. Não se compara animais de raças diferentes. Nunca vi nenhum criador de Gir dizer que suas vacas Gir produzem mais leite que as girolandas. Apesar de que estamos selecionando Gir para leite com o objetivo de superar as demais raças leiteiras tropicais. A seleção científica é para isso: descobrir famílias e animais superiores que transmitem para suas progênies características produtivas importantes para o melhoramento da raça. Pela evolução da raça nas últimas décadas, acredito que estamos no caminho certo. Estamos apenas no começa da evolução do Gir como raça leiteira, tem muita coisa pela frente.

Não vou entrar no mérito da provocação do Gerri ao dizer que as vacas Gir são mais resistentes à fome e etc. Que demoram morrer de fome. Apesar que essa informação é importante. Uma semana a mais de vida do rebanho num período de seca prolongado pode significar muito para o pecuarista.

Segundo erro, afirmar que a vaca Gir é coiceira e investideira. Aliás, essa é uma visão antiga da raça, de que a vaca Gir investe em demasia. Tudo mentira. Uma das características mais louváveis do Gir é sua docilidade. Agora, dependendo do manejo, da forma de criação, o zebu tende a ser bravo. Isso é característica do Zebu. Meus animais são dóceis e conheço praticamente todos os plantéis de Gir do Brasil e em todos que têm um manejo cuidadoso o gado é dócil. Um exemplo é o gado do Dr. Marcello Moraes, de Abaeté (MG). Não tem um animal bravo, uma vaca que investe, mas os animais lá são tratados com respeito e sabem retribuir. Isso não podemos admitir. O Gir é, por natureza, dócil. Há, realmente, algumas famílias que tendem a ser bravas, porém é para isso que existe seleção. Essa informação do Gerri deve ser combatida exaustivamente. Não podemos admitir que, por, talvez, um erro de manejo, afirmam que a raça tem essa característica como padrão. Muito pelo contrário. O Gir é dócil.

Quanto a propaganda do Gir, acho sinceramente que não é enganosa. O rebanho de Gir nacional ainda é pequeno no Brasil. Todos os rebanhos Puro de Origem são de selecionadores, ou seja, que estão selecionando a raça e por isso trabalham com alto valor agregado. Não conheço quem esteja criando Gir com o objetivo exclusivo de produzir leite. Quem seleciona raça de gado vende genética. Por isso, os ganhos genéticos são os principais produtos de divulgação dos criadores. No caso do Gir, atualmente no Brasil, a principal característica de seleção é a produção de leite, por isso nosso foco é leite. Os animais em evidência estão sendo explorados para produção de leite ao máximo e por isso alguns apresentam lactações expressivas e isso não é a média da raça em condições normais. Todos os criadores e selecionadores de Gir sabem o custo de manter uma ou mais vacas em controle leiteiro oficial pela ABCZ e que as altas lactações expressam o potencial daquele animal e não da média do rebanho. Sabemos também que as condições dessas altas lactações são especiais, como alimentação com produtos de alto desempenho, os animais são estabulados, não é segredo que recebem estimulantes que testam o potencial do animal e etc. Por isso, só mesmo quem estiver desavisado para achar que uma vaca de 10 mil quilos de leite em uma lactação na fazenda Brasília, por exemplo, repetirá esse desempenho em uma propriedade sem manejo adequado, solto no pasto comendo simplesmente capim brachiária.

Como criador de Gir, acho que devo fazer essa defesa da raça que foi injustamente achincalhada pelo Gerri. Vale ressaltar a franqueza e objetividade dos argumentos dele. Mas não devemos aceitar o que ele disse como verdade. Concordo que trator não é um veículo de corrida. Mas a raça Gir é uma raça leiteira em desenvolvimento e não devemos ser imediatista e seguir o que pensa nosso equivocado Gerri e enterrar a raça Gir por que em um determinado curral o resultado não foi satisfatório. Seria um crime, uma descrença na ciência e uma burrice como pecuaristas.

Só como exemplo, cito um experimento que a Fazenda Calciolândia fez comparando um lote de novilhas girolando com outro de novilhas Gir, filhas do touro Radar do Poções, com o mesmo manejo e alimentação. Os animais Gir superaram as concorrentes em quase um quilo de média de leite a mais. Lamentavelmente o Dr. Gabriel Donato de Andrade não deu a devida importância para esse fato e não fez a merecida divulgação. Como a Calciolândia está num patamar diferente do nosso na seleção de Gir, acho que eles nem perceberam a importância desse feito. Aliás, devo, mais uma vez, reconhecer aqui a importância do trabalho do Dr. Gabriel Andrade para o melhoramento do Gir nacional.

Por outro lado, como acredito que mudanças são possíveis, acredito que a experiência frustrada de Gerri deve ter uma segunda chance. Como ele é produtor de leite, acho que ainda será um criador de Gir e contribuirá para o melhoramento da raça com seus conhecimentos de produtor e a experiência no trato de animais leiteiros. Um abraço Gerri.

Para finalizar, usando as palavras de Gerri, acho que o Gir não só “serve”, mas é necessário para a pecuária leiteira do Brasil.



Curso de TE em Goiás

Goiânia (GO) – A Associação Goiana dos Criadores de Gir – Girgoiás, está promovendo o I CURSO DE MICROMANIPULAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES NA ESPÉCIE BOVINA. O curso será de 26 de novembro a 01 de dezembro de 2007, na Central de Multiplicação Animal localizado na Embrapa Arroz e Feijão, Rodovia Goiânia à Nova Veneza, KM 12, Município de Sto. Antônio de Goiás (GO), mais conhecido como o laboratório de TE da Girgoiás. Serão 12 vagas e as aulas serão da 8 da manhã até as 17:30. Será um total de 44 horas/aula.

A informação mais salgada é o preço, R$ 1.600,00. Uma entrada de R$ 600,00 e o restante em duas parcelas iguais de R$ 500,00. A seleção será por meio de análise de currículo. A coordenação técnica está a cardo do Dr. Rodolfo Rumpf, Ph.D.

Leonardo de Franca e Melo (foto), veterinário e professor universitário, é o técnico responsável pelo laboratório de melhoramento genético da Girgoiás, na Embrapa Arroz e Feijão.

Interessados, tem que ser veterinário, ou estar cursando o último ano do curso de veterinário, procure no site: www.cenargem.embrapa.br/cursos.html, ou na Girgoiás, falar com o Claudinho do Gir. Fone/fax: (062) 3203-4753, e-mail: girgoiás@hotmail.com

Morre Modelo TE de Brasilia

Goiânia (GO) – O Gir leiteiro está de luto. Morreu o touro Modelo TE de Brasília (foto). A informação ainda é extra-oficial. Modelo nasceu no dia 03 de fevereiro de 1993. É filho de Caju de Brasília, provado no teste de progênie Embrapa/Abcgil, com PTA:194,4 kg de leite, com Grinalda TE de Brasília, que em 1994 sagrou-se recordista mundial de produção de leite com lactação de 8.753 kg de leite. Modelo TE de Brasília é um produto da Fazenda Brasília, de Rubens Peres e Flávio Peres. Em 2004, Modelo foi líder do 12º grupo do Sumário Embrapa?Abcgil; em 2006 foi o terceiro melhor touro do mesmo sumário e em 2001 foi campeão nacional na Expomilk.

Segundo alguns criadores mineiros, a dose de sêmen de Modelo, após a divulgação da sua morte, subiu assustadoramente. Seu sêmen é comercializado pela empresa de Inseminação Artificial altagenetics.

Siga o link e veja filme de Modelo: http://www.altagenetics.com.br/comercio.asp?t=tli